sábado, 27 de novembro de 2010

Gilberto Gil [Vamos Fugir]

Poema Que retratam o Movimento Arcade.

[1] Soneto


Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele
prado?
Tudo outra
natureza tem tomado,
E em contemplá-lo tímido esmoreço.
Uma ponte aqui houve; eu não me esqueço
De estar a ela um dia reclinado!
Ali em
vale um monte está mudado
Quanto pode aos anos o progresso!
Árvores que vi tão florescentes,
Que faziam
perpétua a primavera:
Nem
troncos vejo agora decadentes.
Eu me engano: a região esta não era
Mas venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera!

[Cláudio Manuel da Costa]





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[2]
    Gloriosa Natureza


Lá fora, a urbanização
E eu cá, a um quadro admirar
Montanhas, árvores e plantação
Quão triste fico, porque lá não posso estar...

Se pudesse escolher, lá estaria
Cavalgando por entre as árvores da floresta
Escutando aos pássaros, com sua bela cantoria
Mas, infelizmente, aqui ficar é o que me resta

Ó natureza, és tão bela em sua simplicidade
és pura e harmoniosa
Para mim, és sinônimo de liberdade

Admirando este quadro, aqui ficarei
Natureza, como és gloriosa
Mas quem sabe um dia aí estarei...

[Pereira, Nathália Terra.]



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Podemos notar as palavras que retratam o movimento Árcade vejam o significados delas:


- Prado :  Terreno coberto de plantas herbáceas que servem para pastagem.

- Sítio :   Pequena lavoura; chácara, quinta.
Morada rural, campo, roça.

- natureza :  Conjunto de coisas que existem realmente..
Organização de cada animal: a natureza do peixe é viver na água.

- Vale : Depressão alongada, mais ou menos larga, cavada por um rio ou geleira. Lugar Bonito

-Monte : Terra alta com arvoredos, matos, pastos etc.

- Arvore : Planta lenhosa cujo caule, ou tronco, fixado no solo com raízes, é despido na base e carregado de galhos e folhas na parte superior. muito Bela de se ver.

-Perpetua : Longo Período.

-Primavera: As primaveras cultivadas se encontram entre as mais belas plantas ornamentais de jardim. A beleza da natureza.






sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Sátira Na Musica [Felipe]

Não tem Muito Haver com o Projeto Que estamos realizando, mas observe este grande autor Renato Russo, como ele bota a Sátira  nesta musica.

Observe:


o Arcadismo No Brasil

O Arcadismo no Brasil

        O Arcadismo desenvolveu-se no Brasil do século XVIII e se prendeu ao estado de Minas Gerais, onde se havia descoberto ouro, fato que marcou o local como centro econômico e, portanto, cultural da colônia portuguesa.
No apogeu da produção aurífera, entre as 1740 e 1760, Vila Rica (hoje Ouro Preto) e o Rio de Janeiro substituíram a cidade de Salvador como os dois pólos da produção e divulgação de idéias.
Os ideais do Iluminismo francês eram trazidos da Europa pelos poucos membros da burguesia letrada brasileira - juristas formados em Coimbra, padres, comerciantes, militares.
Alguns autores destacados desse momento são Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Basílio da Gama e José de Santa Rita Durão.

Poesia lírica
     A poesia lírica, no Brasil, fica a cargo, principalmente, de Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, sendo deste último a principal obra árcade do país: Marília de Dirceu.

Poesia épica

      A poesia épica do Arcadismo brasileiro trouxe inovações para esta escola, que a diferenciou ainda mais do modelo europeu. Temas da história colonial em meio à descrição da paisagem tropical do país e a inserção do índio como herói, mesmo que ainda coadjuvante do homem branco. São as novas perspectivas que começam a delinear uma literatura nacionalista, a ser fundada durante o Romantismo.
    Dentre os autores mais conhecidos estão Basílio da Gama e seu o Uruguai, o Frei José de Santa Rita Durão com Caramuru e o poema Vila Rica, de Cláudio Manuel da Costa.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Bocage

É muito interessante o trabalho do poeta bocage ele foi uus dos maiores escritor portuquês sempre juntos camões sua poesia  principal de bocage que se revela da vida real.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Comentário "Cartas Chilenas"

As Cartas Chilenas são um poema satírico.Pode se dizer que a obra é um jogo de disfarces:
Fanfarrão Minésio é o pseudônimo do governador;Chilenas equivale a minerais;Santiago,de onde são assinadas,equivale a Vila Rica.
O autor das Cartas Chilenas é Tomás Antônio Gonzaga.
As Cartas Chilenas são a principal expressão satírica da literatura Colonial do século XVIII;Embora a crítica do poema tenha como alvo apenas o governador e seus assessores,não o colonialismo português,fica clara a fragilidade de estrutura política colonial e os abusos de poder praticados pela Coroa.
                              Agusto de Carvalho
                                                           
          Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Cruz do Espírito Santo, Paraíba, 20 de abril de 1884 – Leopoldina, Minas Gerais, 12 de novembro de 1914) foi um poeta paraibano, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano, mas muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, concordam em situá-lo como pré-moderno. É conhecido como um dos poetas mais estranhamente crítico do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada (ou detestada) tanto por leigos como por críticos literários.



Curiosidades biográficas                                                            
Um personagem constante em seus poemas é um pé de tamarindo que ainda hoje existe no Engenho Pau d’Arco.
Seu amigo Órris Soares conta que Augusto dos Anjos costumava compor “de cabeça”, enquanto gesticulava e pronunciava os versos de forma excêntrica, e só depois transcrevia o poema para o papel.
De acordo com Eudes Barros, quando morava no Rio de Janeiro com a irmã, Augusto dos Anjos costumava compor no quintal da casa, em voz alta, o que fazia sua irmã pensar que era doido.
Embora tenha morrido de pneumonia, tornou-se conhecida a história de que Augusto dos Anjos morreu de tuberculose, talvez porque esta doença seja bastante mencionada em seus poemas.


                              Alphonsus de Guimaraens


            O Brasil ao longo de sua história literária contou com vários poetas de destaque que fizeram parte dos diversos estilos de época que estiveram em voga no país. Dentre os mais marcantes, sem dúvidas, podemos citar o nome de Alphonsus de Guimaraens (1870-1921), poeta de Minas Gerais, que ficou conhecido por sua poesia simbolista, onde o tema do amor e da morte estão intrinsecamente ligados
A crítica do século XIX não deu valor nenhum a obra do escritor. Os críticos do século posterior demoraram para reconhecer a importância do movimento Simbolista, e em consequência disso o prestígio do poeta mineiro. Provavelmente a falta de reconhecimento do autor de Kiriale, se deve ao fato de que com o Parnasianismo sendo adotado como forma oficial de expressão literária da jovem república, os autores simbolistas acabaram, por sua vez, sendo deixados de lado. Ademais, os críticos diziam que Cruz e Souza — outro grande nome do simbolismo brasileiro — e Alphonsus de Guimaraens eram apenas um pastiche de Baudelaire e Verlaine, respectivamente. Porém, a partir de 1935, graças a organização das obras do poeta mineiro que foi realizada por  Manuel Bandeira e João Alphonsus, os críticos lançaram olhares mais justos acerca dos poemas do simbolista das Minas Gerais, dando-lhe dessa maneira o devido reconhecimento.

Semelhanças Entre o Poema épico Caramuru e a Literatura de Informação


Literatura de Informação


 Poemas épicos de Caramuru
- Baseava-se nos padrões estéticos medievais, entretanto, nas crônicas de viagem, como também eram chamados os textos produzidos neste momento histórico, os valores do classicismo são evidentes:as obras eram lidas principalmente na Espanha e em Portugal, para satisfazer a curiosidade dos europeus sobre a Nova Terra e, como não poderia deixar de ser, escritas por comerciantes, militares e viajantes.
Registra o impacto da nova terra sobre o europeu descobridor ou observador.
   
         - Um poema heróico narrativo extenso, uma coleção de feitos, de fatos históricos, de um ou de vários indivíduos, reais, lendários ou mitológicos. 
           -A poesia épica do Arcadismo brasileiro trouxe inovações para esta escola, que a diferenciou ainda mais do modelo europeu

Arcadismo Historia Básica

O Arcadismo, também conhecido como Neoclassicismo, surgiu no continente europeu no século XVIII, durante uma época de ascenção da burguesia e de seus valores sociais, políticos e religiosos. Esta escola literária caracterizava-se pela valorização da vida bucólica e dos elementos da natureza. O nome originou-se de uma região grega chamada Arcádia (morada do deus Pan).

Os poetas da escola literária escreviam sobre as belezas do campo, a tranqüilidade proporcionada pela natureza e a contemplação da vida simples. Portanto, desprezam a vida nos grandes centros urbanos e toda a vida agitada e problemas que as pessoas levavam nestes locais. Os poetas arcadistas chegavam a usar psedônimos (apelidos) de pastores latinos ou gregos.

- Arcadismo:
Quem foi a - Coleção Roteiro da Poesia Brasileira?
___Autor: Proença Filho, Domício
___ Editora: Global

Arcadismo:
Quem foi a Coleção Clássicos da Literatura Brasileira?
___Autor: Editora Harbra
___Editora: Harbra
                     Cláudio Manuel da Costa
SONETOS

Para cantar de amor tenros cuidados,
Tomo entre vós, ó montes, o instrumento;
Ouvi pois o meu fúnebre lamento;
Se é, que de compaixão sois animados:
Já vós vistes, que aos ecos magoados
Do trácio Orfeu parava o mesmo vento;
Da lira de Anfião ao doce acento
Se viram os rochedos abalados.
Bem sei, que de outros gênios o Destino,
Para cingir de Apolo a verde rama,
Lhes influiu na lira estro divino:
O canto, pois, que a minha voz derrama,
Porque ao menos o entoa um peregrino,
Se faz digno entre vós também de fama.
               Tomás Antônio Gonzaga

Lira III 

Tu não verás, Marília, cem cativos
tirarem o cascalho e a rica terra,
ou dos cercos dos rios caudalosos,
ou da minada serra.

Não verás separar ao hábil negro
do pesado esmeril a grossa areia,
e já brilharem os granetes de oiro
no fundo da bateia.

Não verás derrubar os virgens matos,
queimar as capoeiras inda novas,
servir de adubo à terra a fértil cinza,
lançar os grãos nas covas.

Não verás enrolar negros pacotes
das secas folhas do cheiroso fumo;
nem espremer entre as dentadas rodas
da doce cana o sumo.

Verás em cima da espaçosa mesa
altos volumes de enredados feitos;
ver-me-ás folhear os grandes livros,
e decidir os pleitos.

Enquanto revolver os meus consultos,
tu me farás gostosa companhia,
lendo os fastos da sábia, mestra História,
e os cantos da poesia.

Lerás em alta voz, a imagem bela;
eu, vendo que lhe dás o justo apreço,
gostoso tornarei a ler de novo
o cansado processo.

Se encontrares louvada uma beleza,
Marília, não lhe invejes a ventura,
que tens quem leve à mais remota idade
a tua formosura.

sábado, 20 de novembro de 2010

Profetas Esculpidos por Alejadinho/ Arquitetura Mineira.


UM ARTISTA RECLUSO E TRISTE
Não há registro de sua imagem, embora se saiba que ele foi um mulato baixo, gordo e cabeçudo. Isto, numa época de terríveis preconceitos... Com mais de 40 anos de idade, suas pernas e mãos começam a se deformar em consequência da sífilis, assim passa a ter dificuldade nos movimentos. Mas a limitação não o impede de continuar trabalhando na construção de igrejas, capelas e altares das cidades da região do ouro de Minas Gerais...

Quando se viu consumido pela doença, tanto o corpo quanto o temperamento, Aleijadinho se fechou: de alegre e extrovertido, passou a ser triste e recluso. Saía à rua somente quando necessário, coberto por uma capa e sob um chapéu de abas bem largas. E é claro, foi por causa de suas deformações físicas que recebeu o apelido, o mesmo que posteriormente, eternizou-o como o maior escultor barroco do Continente Americano. Talvez ele não fosse hoje o mesmo Aleijadinho que conhecemos através de anjos e profetas, livre da dor. É bem provável que a doença e o sofrimento tenham esculpido o seu gênio criador.























   Espaço Reservado Para Aleijadinho

TEMÁTICA
Este espaço destacará o túmulo de personalidades famosas do meio artístico e histórico- cultural, sem qualquer conotação político-partidária ou religiosa doutrinária.

Video Feito por um Aluno/ Muito Interessante. Horizonte

trailer Caramuru

Menbros Da Equipe



                                                                                          









sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Eu vi a linda Jônia…

Eu vi a linda Jônia e, namorado
fiz logo eterno voto de querê-la;
mas vi depois a Nise, e é tão bela
que merece igualmente o meu cuidado.
A qual escolherei, se neste estado
eu não sei distinguir esta daquela?
Se Nise agora vir, morro por ela,
se Jônia vir aqui, vivo abrasado.
Mas ah! que esta me despreza, amante,
pois sabe que estou preso em outros braços,
e aquela não me quer, por inconstante.
Vem, Cupido, soltar-me desses laços:
ou faze desses dois um só semblante,
ou divide o meu peito em dois pedaços!
           
                   Alvarenga Peixoto

As Missões- Trailer

Silva Alvarenga

Madrigal LVII (Ó águas dos meus olhos desgraçados,)

Ó águas dos meus olhos desgraçados, 
Parai que não se abranda o meu tormento: 
De que serve o lamento 
Se Glaura já não vive? Ai, duros Fados! 
Ai, míseros cuidados! 
Que vos prometem minhas mágoas? águas, 
Águas!... — responde a gruta, 
E a Ninfa, que me escuta nestes prados! 
Ó águas de meus olhos desgraçados, 
Correi, correi; que na saudosa lida 
Bem pouco há de durar tão triste vida. 

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Triler- Caramuru


Fotos que retrata o Movimento Harcade 


     
                                                                                                                                                                        


  







quarta-feira, 17 de novembro de 2010

poeta bocage

                                                                                                                                                                                                                                                                                                        é i                                                                                                                                

domingo, 14 de novembro de 2010

Poeta Épicos (Vida e Obra)


Virgílio                                                                                      

 
      (Vida e Obra)_  Estima-se que a tradição biográfica de Virgílio vem de uma biografia perdida de autoria de Varius, editor de Virgílio, que foi incorporada na biografia feita por Suetônio e os comentários de Sérvio e Donato, os dois grandes comentadores da poesia de Virgílio. Embora os comentários sem dúvida registrem muitas informações factuais sobre Virgílio, pode-se mostrar que algumas das suas evidências confiavam na inferência feita a partir de sua poesia e alegorização. Portanto, a tradição biográfica de Virgílio continua a ser problemática. A tradição diz que Virgílio nasceu na vila de Andes, perto de Mântua, na Gália Cisalpina.                                                                                                                                                                                Estudiosos sugerem que descendia de etruscosúmbrios ou até mesmo celtas, examinando os marcos linguísticos ou étnicos da região. A análise do seu nome deu origem às crenças de que descendendia dos primeiros colonizadores romanos. As especulações modernas, em última análise, não são apoiadas nem pela evidência narrativa nem por seus próprios escritos ou o de seus biógrafos tardios. Suposições etimológicas indicam que o seucognome Maro tem anagramaticamente suas letras em comum com os temas de seu épico: amor e RomaMacróbio diz que o pai de Virgílio era de uma família humilde, no entanto, os estudiosos em geral acreditam que Virgílio era de uma família de latifundiários equestresque puderam oferecer-lhe uma educação.




Luís de Camões



     A produção de Camões divide-se em três géneros: o lírico, o épico e o teatral. A sua obra lírica foi desde logo apreciada como uma alta conquista.
     Boa parte das informações sobre a biografia de Camões suscita dúvidas e, provavelmente, muito do que sobre ele circula não é mais do que o típico folclore que se forma em torno de uma figura célebre. São documentadas apenas umas poucas datas que balizam a sua trajetória. A Casa ancestral dos Camões tinha as suas origens na Galiza, não longe do Cabo Finisterra. Por via paterna, Luís de Camões seria descendente de Vasco Pires de Camões, trovador galego, guerreiro e fidalgo, que se mudou para Portugal em 1370 e recebeu do rei grandes benefícios em cargos, honras e terras, e cujas poesias, de índole nacionalista, contribuíram para afastar a influência bretã e italiana e conformar um estilo trovadoresco nacional. O seu filho Antão Vaz de Camões serviu no Mar Vermelho e casou-se com Dona Guiomar da Gama, aparentada com Vasco da Gama. Deste casamento nasceram Simão Vaz de Camões, que serviu na Marinha Real e fez comércio na Guiné e na Índia, e outro irmão, Bento, que seguiu a carreira das Letras e do sacerdócio, ingressando no Mosteiro de Santa Cruz dos Agostinhos, que era uma prestigiada escola para muitos jovens fidalgos portugueses. Simão casou com Dona Ana de Sá e Macedo, também de família fidalga, oriunda de Santarém. Seu filho único, Luís Vaz de Camões, segundo Jayne, Fernandes e alguns outros autores, terá nascido em Lisboa, em 1524. Três anos depois, estando a cidade ameaçada pela peste, a família mudou-se, acompanhando a corte, para Coimbra. Entretanto, outras cidades reivindicam a honra de ser o seu berço: Coimbra, Santarém e Alenquer. Os argumentos para tirar a sua naturalidade de Lisboa são fracos; mas esta tampouco está completamente fora de dúvida, e por isso a crítica mais recente considera seu local e data de nascimento incertos.
      Sobre a sua infância permanece a incógnita. Aos doze ou treze anos teria sido protegido e educado pelo seu tio Bento que o encaminhou para Coimbra para estudar. Diz a tradição que foi um estudante indisciplinado, mas ávido pelo conhecimento, interessando-se pela história,cosmografia e literatura clássica e moderna. Contundo, o seu nome não consta dos registos da Universidade de Coimbra, mas é certo, a partir do seu elaborado estilo e da profusão de citações eruditas que aparecem nas suas obras que, de alguma forma, recebeu uma sólida educação. É possível que o próprio tio o tenha instruído, sendo a esta altura chanceler da Universidade e prior do Mosteiro de Santa Cruz, ou tenha estudado no colégio do mosteiro. Com cerca de vinte anos ter-se-ia transferido para Lisboa, antes de concluir os estudos. A sua família era pobre, mas sendo fidalga, pôde ser admitido e estabelecer contactos intelectuais frutíferos na corte de Dom João III, iniciando-se na poesia.
Obra
     Camões viveu na fase final do Renascimento europeu, um período marcado por muitas mudanças na cultura e sociedade, que assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna e a transição do feudalismo para o capitalismo. Chamou-se "renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da Antiguidade Clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista que afirmava a dignidade do homem, colocando-o no centro do universo, tornando-o o investigador por excelência da natureza, e privilegiando a razão e a ciência como árbitros da vida manifesta. Nesse período foram inventados diversos instrumentos científicos e foram descobertas diversas leis naturais e entidades físicas antes desconhecidas; o próprio conhecimento da face do planeta modificou-se depois dos descobrimentos das grandes navegações. O espírito de especulação intelectual e pesquisa científica estava em alta, fazendo com que a Física, a Matemática, a Medicina, a Astronomia, a Filosofia, a Engenharia, aFilologia e vários outros ramos do saber atingissem um nível de complexidade, eficiência e exatidão sem precedentes, o que levou a uma conceção otimista da história da humanidade como uma expansão contínua e sempre para melhor. De certa forma, a Renascença foi uma tentativa original e eclética de harmonização do Neoplatonismo pagão com a religião cristã, do eros com a charitas, junto com influências orientais, judaicas e árabes, e onde o estudo da magia, da astrologia e do ocultismo não estavam ausentes.  Foi também a época em que se começaram a criar fortes Estados nacionais, o comércio e as cidades se expandiram e a burguesia se tornou uma força de grande importância social e económica, contrastando com o relativo declínio da influência da religião nos assuntos do mundo.

Aristóteles


Aristóteles era natural de Estagira, na Trácia, sendo filho de Nicômaco, amigo e médico pessoal do rei macedônio Amintas III, pai deFilipe II. É provável que o interesse de Aristóteles por biologia e fisiologia decorra da atividade médica exercida pelo pai e pelo tio, e que remontava há dez gerações.
Segundo a compilação bizantina Suda, Nicômaco era descendente de Nicômaco, filho de Macaão, filho de Esculápio.
Com cerca de 16 ou 17 anos partiu para Atenas, maior centro intelectual e artístico da Grécia. Como muitos outros jovens da época, foi para lá prosseguir os estudos. Duas grandes instituições disputavam a preferência dos jovens: a escola de Isócrates, que visava preparar o aluno para a vida política, e Platão e sua Academia, com preferência à ciência (episteme) como fundamento da realidade. Apesar do aviso de que, quem não conhecesse Geometria ali não deveria entrar, Aristóteles decidiu-se pela academia platônica e nela permaneceu vinte anos, até 347 a.C., ano que morreu Platão.
Com a morte do grande mestre e com a escolha do sobrinho de Platão, Espeusipo, para a chefia da academia, Aristóteles partiu para Assos com alguns ex-alunos. Dois fatos parecem se relacionar com esse episódio: Espeusipo representava uma tendência que desagradava Aristóteles, isto é, a matematização da filosofia; e Aristóteles ter-se sentido preterido (ou rejeitado), já que se julgava o mais apto para assumir a direção da Academia, no entanto não assumira devido ao fato de que não era grego, era imigrante da Macedônia.
Em Assos, Aristóteles fundou um pequeno círculo filosófico com a ajuda de Hérmias, tirano local e eventual ouvinte de Platão. Lá ficou por três anos e casou-se com Pítias, sobrinha de Hérmias. Assassinado Hérmias, Aristóteles partiu para Mitilene, na ilha de Lesbos, onde realizou a maior parte das famosas investigações biológicas. No ano de 343 a.C. chamado por Filipe II, tornou-se preceptor de Alexandre, função que exerceu até 336 a.C., quando Alexandre subiu ao trono.
Obra
filosofia aristotélica é um sistema, ou seja, a relação e conexão entre as várias áreas pensadas pelo filósofo. Seus escritos versam sobre praticamente todos os ramos do conhecimento de sua época (menos as matemáticas).
Embora sua produção tenha sido excepcional, apenas uma parcela foi conservada. Seus escritos dividiam-se em duas espécies: as 'exotéricas' e as 'acroamáticas'. As exotéricas eram destinadas ao público em geral e, por isso, eram obras de caráter introdutório e geralmente compostas na forma de diálogo. As acroamáticas, eram destinadas apenas aos discípulos do Liceu e compostas na forma de tratados. Praticamente tudo que se conservou de Aristóteles faz parte das obras acroamáticas. Da exotéricas, restaram apenas fragmentos.